quinta-feira, 26 de junho de 2008

SER TRANSPARENTE

Às vezes, pergunto-me porque é tão difícil ser transparente...
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros.
Mas ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que se sente...
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir muros...
Ser transparente é permitir que a doçura aflore, transborde...
Mas, infelizmente, a maioria decide não correr esse risco.
Preferimos a dureza da razão à leveza reveladora da fragilidade humana.
Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam da alma...
Preferimos perder-nos numa busca por respostas do que simplesmente Admitir que não sabemos nada do que temos medo!
Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção.
E assim, nos vamos afundando em falsas palavras, atitudes, em falsos sentimentos...
Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro faz-nos perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar...
A doçura, a compreensão de que todos nós sofremos, por nos sentimos sós...
Uma saudade desesperada de nós mesmos, daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem para mostrar...
Porque aprendemos que isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro!
Quando, na verdade, agir com o coração, poupa a dor...
Sugiro que deixemos explodir toda a doçura! que consigamos... não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo, não desejar parecer tão invencíveis!
Chega de tentar controlar tanto...
Responder tanto...
Competir tanto...
Tenta simplesmente viver, sentir e amar.

(UMA BELA MENSAGEM QUE RECEBI DE UM GRANDE AMIGO: "RODLDS")


E eu acrescento:
Façam a vossa parte e permitam que Deus faça a Sua parte.
Se andarmos em amor, como Ele nos sugeriu, muita coisa melhoraria neste mundo ás avessas.
Um abraço.

Manuela Bravo